Mostra Com Mulheres

Mostra Com Mulheres

Sessão Encantarias

Dia 6/9, às 19h

Cineasta

Louise Botkay estudou na Escola nacional de cinema da França (FEMIS) e filmou em países como Haiti, Congo, Níger, Chad, Holanda, França e Brasil. Realiza filmes em diferentes mídias, usando tanto telefone celular quanto vídeo e película super-8, 16 e 35 milímetros, que são revelados artesanalmente pela própria artista. Seus trabalhos foram selecionados e premiados em festivais de cinema, como Festival de Oberhausen, Semana dos Realizadores, Fid Marseille, Festival Kinoforum, Rencontres internacionales Paris Berlin, Fespaço, Festival Janela Internacional de Recife. Expôs seus trabalhos no MAM-RJ, galeria A Gentil Carioca, Christopher Grimes Gallery, Videobrasil, entre outros. Recentemente, recebeu o prêmio E-flux na competição internacional do festival de Oberhausen 2016. Seu filme VertièresI II III foi eleito um dos dez melhores filmes de 2015 pela revista Artforum na seleção da curadora e teórica Nicole Brenez.

Curadora

Lis Kogan é graduada em cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Desde o início dos anos 2000, trabalha em diferentes projetos ligados à difusão do cinema brasileiro, em especial com curadoria voltada à produção autoral contemporânea. Foi uma das fundadoras do Cachaça Cinema Clube em 2002, coordenou o projeto Porta Curtas (2004-2007), foi responsável pela programação do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro – Curta Cinema (2007-2010) e em 2009 criou a Semana dos Realizadores com outros curadores e cineastas. Em 2011, assumiu a direção geral e artística do festival, que este ano chega à sua oitava edição.

Estou Aqui (Rio de Janeiro, 2015, 7 min.)

Direção: Louise Botkay

Passei a infância no Cap-Haïtien, cidade ao norte de uma meia ilha do Caribe chamada Haíti. Minha vida sempre será habitada pela lembrança e a experiência deste lugar misterioso e cálido. Tenho a impressão de que tudo o que sou decorre dessa luz, desse vento, dessa terra, dessa infância crioula.

Novo ano (Rio de Janeiro, 2010, 3 min.)

Direção: Louise Botkay

Um beijo no trem do tempo-contratempo.

Mammah (Paris, 2006, 8 min.)

Direção: Louise Botkay

No calor de um hammam (sauna) feminino, no interior da grande mesquita, a vida segue em suspenso no privilègio dessa tarde, um passeio pelo Hammah da mesquita de Paris.

4 Portas / 4Portes (Haiti, 2009, 6 min.)

Direção: Louise Botkay

Um mergulho de olhos abertos numa festa/ritual vodu.

Vivo e Morro dos Prazeres (Rio de Janeiro, 2016, 7 min.)

Direção: Louise Botkay

Gesto fílmico exalando maternidade.

Seiva / Séve (Haiti, 2010, 11 min.)

Direção: Louise Botkay

Quando menos se espera, o encontro acontece e traz consigo muitos sonhos,

uma adolescente se inicia nos mistérios do Vodu haitiano.

Vertières I, II e III (Haiti, 2014, 10 min.)

Direção: Louise Botkay

Vertières I II III apresenta três incursões fílmicas ao processo histórico, social e político haitiano. Explorando eixos como disciplina/controle, natureza/ternura e ruína/resistência, a obra investiga índices de domesticação e escravidão resultantes dos processos pós-coloniais que marcaram a história do país. Vertières é o nome do bairro na cidade de Cap-Haïtien onde, em 1803, ocorreu a grande batalha que culminou na expulsão do exército de Naploeão do Haiti, o primeiro país do mundo a conquistar sua independência frente às potências colonialistas.

Mãos Limpas / Mains propes (Chade, 2015, 8 min.)

Direção: Louise Botkay

Na era pós-colonial, os países pobres continuam sujeitos aos mesmos grupos de nações que os colonizaram. A Europa está em guerra, mas sem alardes. Nas ruas das cidades, assim como no campo, todos fingem não saber ou não lembrar disso. Existem as cooperações internacionais que “ajudam” os países mais pobres, deixando no ar um perfume de infinita dependência. Este filme fala dessa dependência e do desejo do “branco” em possuir a imagem clichê da extrema pobreza africana.